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Fiera di Primiero e Transacqua

Ao avistar um maciço rochoso não restava dúvidas, eram os Dolomites, havíamos chegado em Primieiro. Era 02 de abril de 2012, e ainda não sabíamos o que tínhamos para conhecer, mas muita coisa legal devia ser.

Da pequena rodoviária seguimos a pé em companhia de uma senhora muitíssimo simpática, que conhecia o Brasil e falava ou um pouco de português, ou falava Italiano calmamente de forma que conseguíssemos entender, além de uma ótima conversa, recebemos a indicação do caminho para encontrar o hotel.

Atravessamos uma ponte de madeira daquelas que em Santa Catarina só restam história. Do outro lado do Rio passamos por algum comércio fechado, pouca gente na rua, a sensação de que era domingo. Chegamos o Hotel e os atendentes não compreendiam português, não faziam questão de falar em Italiano, muito mesmos em tentar compreender o pouco do nosso italiano.


Descobrimos que éramos os únicos hóspedes. O inverno foi embora mais cedo e junto com ele a neve, sumiram os turistas e se abateu nas cidades turísticas uma séria redução da atividade econômica.





Esse é o rio Torrente Canali, cujo nome achei coincidentemente apropriado dado que é todo canalizado na região do centro urbano (todas as cidades que passamos tinham os rios canalizados, e fiquei satisfeito em saber que Armando Floriani também desaprovava a modificação que acabava com o rio).
 

Á esquerda é Fiera di Primiero. À direita do Canali fica Transacqua, cidade com uma infraestrutura turística muito boa. Ao fundo, o imponente maciço rochoso dos Dolomites, em seu ponto mais meridional.


Para o almoço, uma grande surpresa. Encontramos um restaurante muito bacana, e lá conhecemos uma conterrânea (gostamos muito e registramos: veja mais). 

Rua central de Fiera di Primiero.



Uma pessoa que não se pode deixar de conhecer em Fiera di Primiero é Elio Gubert, dono da loja de equipamentos esportivos Gubert Sport (Gubert Sport -Via Guadagnini 20. Fiera di Primiero, Italia). Acho que o nome do proprietário era Elio, figura, quando soube que eu era Engenheiro Florestal e trabalhava no Ministério de Minas e Energia ficou muito entusiasmado em mostrar o sistema de aquecimento. O povo é prático, me arrancou da loja e fomos para a sede do L’Azienda Consorziale Servizi Municipalizzati S.p.A.- ACSM.

A cidade tem uma usina termoelétrica, é uma empresa criada pelos próprios moradores, que alem de eletricidade, gerava calor para toda a cidade (faltou a foto). Da termoelétrica se distribui vapor e água quente para toda as residências, e melhor ainda, a usina é movida à biomassa, seu principal combustível são resíduos da indústria florestal e lenha, que iluminavam e aquecem toda a cidade.

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