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Ammonticchiati come giumenti: Penosa viagem de Genova para o Brasil


"La Domenica del Corriere" - Nel disegno di Beltrame sulla "Domenica" del Corriere dell'8-12-1901.

Giuseppe Floriani e Domenica Tiso partiram com seus filhos de Gênova em 1876 (veja a lista de passageiros), no Vapor Poitou, como terá sido a viagem? Entre 1875 e 1878 as viagens dos imigrantes foram realizadas nos portos franceses, porque de lá a despesa da viagem era
do Governo Brasileiro. Além disto, os portos de Marselha e Havre disponham de melhores condições sanitárias. Isto não significa que a viagem era fácil. A terceira classe dos navios da época era muito precária e a viagem demorava até 3 meses.

Com o encerramento do acordo brasileiro como governo francês, as viagens até o Brasil passaram a ser feitas dos portos Italianos de Nápolis e Gênova, em viagens pagas pelos imigrantes. Em torno de 1880 os navios utilizados haviam passado por certa evolução construtiva, as viagens já eram mais rápidas e durava em torno de um mês. Contudo, a condição da viagem não havia melhorado.
Já na virada do século XX, "Ammonticchiati come giumenti" é a descrição das condições de viagem do imigrante italiano que partia de Gênova em 1901, disponível no site da  Comune di Rivisondoli, baseadas no estudo de Nicola Giovannelli, embalado pela música 30 giorini di nave a vapore
Embarque de imigrantes no porto de Gênova


A viagem durava de 25 a 30 dias, "Quei viaggi penosi sugli oceani" centenciou "La "Domenica del Corriere" de 2 de junho de 1901. O inspetor sanitário Teodorico Rosati descreveu o sofrimento dos viajantes que partiam do porto de Gênova: 
"Accovacciati sulla coperta, presso le scale, con i piatti tra le gambe, e il pezzo di pane tra i piedi, i nostri emigranti mangiavano il loro pasto come i poveretti alle porte dei conventi. E’ un avvilimento dal lato morale e un pericolo da quello igienico, perché ognuno può immaginarsi che cosa sia una coperta di piroscafo sballottato dal mare sul quale si rovesciano tutte le immondizie volontarie ed involontarie di quella popolazione viaggiante”.
"l'emigrante si sdraia vestito e calzato sul letto, ne fa deposito di fagotti e valigie, i bambini vi lasciano orine e feci, i più vi vomitano. Dopo qualche giorno ogni letto è "una cuccia da cane".

O sofrimento era ainda maior para as crianças. 

"Sono soprattutto le epidemie di morbillo e varicella a provocare decessi di massa. La mancanza di cure appropriate, il degrado ambientale dei dormitori, spesso l'incompetenza del personale medico, facevano assumere a quella che era una normale patologia infantile il carattere di una pericolosa epidemia. I giornali sanitari di bordo registrano, nei primi anni del Novecento, alti tassi di morbilità e di mortalità infantile per epidemie di morbillo e di varicella". (Augusta Molinari, "La storia dell'emigrazione italiana").


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