Em 04 de Abril de 2012, Franca
Florani proporciou alguns dos momentos mais valiosos de toda a viagem na
Itália. Enquanto ela falava da cidade, da família e até mesmo da situação
política do país, cruzamos o pequeno rio Chieppena, que separa Agnedo de Villa, e atravessamos o centro de Villa e chegamos em sua casa,
térrea, não possuía dois pavimentos como é tão comum na região, mas era ampla.
Franca falava bem português e compreendiam
português muito bem, Aline ficou mais a vontade com isso e com o tempo Isabela
já estava perambulando pela casa. Isabela
ganhou da Franca os pulcini (pintinhos) em comemoração à Páscoa. E quando chegou a neta de Franca, as duas brincaram
juntas e deu pra ver como as crianças podem aprender facilmente uma língua
estrangeira, enquanto uma falava e fazia, a outra seguia.
Franca havia preparado o almoço para esperar Armando retornar de Trento com a esposa Lidia. O momento contou com abertura de um Ferrari - ótimo espumante feito na região, acompanhado de: uma fatia alta de queijo gorgonzola - macio e pouco picante, delicioso; de uma fatia de queijo embriaco, muito macio, sem acidez, matura um mês no vinho tinto, fantástico; e claro, speck feito pelo Rifugio Cruculo, carne de porco salgada, defumada e maturada por 7 meses. Veja mais o que escrevi sobre os produtos típicos.
O almoço foi muito bom, um macarrão a bolognesa, salada farta, pão e vinho, simples e saboroso. Franca andava como uma nona ao redor da mesa, tentando colocar um pouco mais de macarrão no prato de algum desavisado, cuidando de pequenos detalhes, enfim, anfitriões maravilhosos.
Depois do almoço ficamos na varanda, não fazia tanto frio.
Gino fumava cachimbo, Armando um charuto, a vista as montanhas no Altiplano de
Aziago, era impossível não pensar em tudo o que todos passaram até chegar
aquele momento.
Atrás da casa a varanda fica voltada para Oeste. E à esquerda se vê o Monte Ortigara junto da linha de montanhas que limitam o Altiplano de Asiago e o Vale da Valsugana. sull'altopiano di Asiago. Villa Agnedo e Strigno foram duramente afetadas nas Grande Guerra Mundiail, e praticamente todas as famílias perderam algum parente na Grande Guerra. Embora as marcas dos conflitos estarem em toda parte, com o Monte Ortigara de frente para Agnedo, não há como esquecer a guerra, memória silenciosa e sólida como a própria montanha. Para saber mais, fiz uma pequena nota sobre a Batalha do Monte Ortigara.
Franca chamou para ver como se fazia o Parampampoli.
Bebida típica do Vale da Valsugana, é feita com a mistura em partes iguais de
café coado, vinho, grappa e açúcar (ou mel). Depois de misturar tudo em um copo
de alumínio no fogo, assim que esquentou levantou uma enorme chama azulada, e
naquela forma foi servida em pequenas xícaras. Franca foi fenomenal. Veja a receita. Tomamos o Parampampoli, depois do vinho, depois da espumante,
e isso era dia de semana.
Armando Floriani era realmente uma figura. Começou a fazer pequenas mágicas, pequenos objetos desapareciam, e imagina a Isabela como estava, encantada.
Depois que Armando e Lidia se despediram, fomos para a
sala de estar para conversar, franca nos mostrou muitas fotos da viagem que fez
ao Brasil, me pôs ao telefone para falar com sua amiga que mora em Balneário
Camburiú, brasieira esta responsável por colocar Villa Agnedo no mapa dos brasileiros, história da descoberta de Villa Agnedo.
Seu marido Gino nos recebeu com uma afeição rara de se encontrar, mesmo sendo quase desconhecidos, com eles nos sentimos bem acolhidos. Tinha um brilho nos olhos, e como Franca, sempre tinha um sorriso pronto. Ouvia atentamente, atenção daquelas de parar de andar e até cerrar os olhos para conseguir escutar bem cada palavra da conversa, era um homem aparentemente realizado, tinha sido um empresário de sucesso e a família seguia os seus passos.
Gino havia sido madeireiro, teve a primeira serraria da Itália automatizada, e visitou o Brasil algumas vezes. Infelizmente, quando isto ocorreu a diferença cambial não permitiu qualquer negócio com madeireiras catarinenses. Passei com ele no amplo gramado atrás da casa, fomos até a casa de guardar lenha para me mostrar a madeira típica da região, por ele serrada até que se esgotassem as reservas comerciais.
Seu marido Gino nos recebeu com uma afeição rara de se encontrar, mesmo sendo quase desconhecidos, com eles nos sentimos bem acolhidos. Tinha um brilho nos olhos, e como Franca, sempre tinha um sorriso pronto. Ouvia atentamente, atenção daquelas de parar de andar e até cerrar os olhos para conseguir escutar bem cada palavra da conversa, era um homem aparentemente realizado, tinha sido um empresário de sucesso e a família seguia os seus passos.
Gino havia sido madeireiro, teve a primeira serraria da Itália automatizada, e visitou o Brasil algumas vezes. Infelizmente, quando isto ocorreu a diferença cambial não permitiu qualquer negócio com madeireiras catarinenses. Passei com ele no amplo gramado atrás da casa, fomos até a casa de guardar lenha para me mostrar a madeira típica da região, por ele serrada até que se esgotassem as reservas comerciais.
Tomamos o Parampampoli, depois do vinho, depois da espumante,
e isso era dia de semana. Eles queriam tirar uma cesta, mas nós ficamos sem jeito
de achar um lugar para se acostar também, e é claro que depois de tudo também estávamos
cansados. Franca nos levou de volta ao Albergo, e espero, que tenham tirado
aquela cesta, porque o sol voltou a se esconder, e a chuva e o frio que vieram
depois fizeram Aline e a Isa dormir até a noite. Eu aproveitei para dar uma caminhada em Strigno.
Franca e Gino, faltam palavras para agradecer a hospitalidade e carinho com que nos receberam, obrigado!
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