Há 45 anos morreu na Itália Giacomo Floriani, montanhista e socialista, é considerado o maior poeta em dialeto benacense.
Considerado um patrimônio da cidade de Riva, como um homem que em toda a
sua vida vivenciou os valores que defendia - do irredentismo que o
levou a atravessar a fronteira para se alistar no exército italiano, a
um tipo de censura severa contra qualquer compromisso com sua
consciência.
Um poeta que teve a capacidade de transmitir o encanto das
pequenas coisas de um mundo permanentemente removidos pelo chamado
progresso, utilizando a linguagem do povo, e tornou-se um paradigma do
dialeto local.
Os principais momentos da vida de Giacomo Floriani estão na Cronologia disponível no site do Istituto Tecnico Economico e Tecnológico "Giacomo Floriani".
Socialista e Irridentista
Giacomo Floriani , nasceu em 20 de janeiro de
1889 em Riva. Filho de Giacomo e Maria Maino, camponeses (os avós eram pastores), autodidata, e sem terminar a escola primária, foi trabalhar muito jovem como aprendiz em uma gráfica.
Foi correspondente do jornal "Il Popolo", de Cesare Battisti. Mas não é o Cesare Battisti membro dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Em
1915 desertou para se juntar ao exército italiano e depois da Primeira Grande Guerra, trabalhou por 38 anos na Cassa Distrettuale di Malattia di Riva, até 1957.
Amante
da montanha, foi um dos fundadores da Società Alpinisti Tridentini em Riva del Garda e ocupou diversos cargos de chefia.
Publicou 110 poemas, reunidos principalmente em cinque livros de poesia em dialeto trentino, os
“Canzonieri”: “Fiori de montagna: versi dialettali rivani”, “I mè amizi de montagna”, “Montagne
trentine”, “La me baita” e “El mè òrt de montagna” (fonte).
A Ingarda Trentino Azienda per il Turismo destaca Giacomo Floriani como um dos personagens mais ilustres que viveu na região.
A Ingarda Trentino Azienda per il Turismo destaca Giacomo Floriani como um dos personagens mais ilustres que viveu na região.
Sua poesia incorpora os fundamentos do lugar: o lago, as montanhas, as florestas, as flores, o nascer e o pôr do sol. O
humilde montanhista valorizava a fala e a cultura do lugar, por meio de uma escrita simples, mas expressivo, próximo das pessoas comuns.
La Baita (casa de montanha trentina), que dá o título ao quarto livro de sonetos, atualmente é uma cabana muito procurada. Construída em 1949, perto da igreja de São Pedro, na encosta da montanha e com vista para a Garda e a Sarca. Foi onde passou os últimos anos de sua vida com sua esposa Lucia Pizzini (casaram em 1912) para admirar as coisas simples, perseguindo nuvens. Giacomo Floriani desceu "com tristeza" do abrigo em sua Montanha Mágica no final do verão de 1967. Ele morreu em Riva 28 de abril de 1968.
La Baita (casa de montanha trentina), que dá o título ao quarto livro de sonetos, atualmente é uma cabana muito procurada. Construída em 1949, perto da igreja de São Pedro, na encosta da montanha e com vista para a Garda e a Sarca. Foi onde passou os últimos anos de sua vida com sua esposa Lucia Pizzini (casaram em 1912) para admirar as coisas simples, perseguindo nuvens. Giacomo Floriani desceu "com tristeza" do abrigo em sua Montanha Mágica no final do verão de 1967. Ele morreu em Riva 28 de abril de 1968.
I cinque canzonieri (Riva)
Fra baldorie de sol e de tramonti
che i té spegazza 'l lac e i té lo 'dora,
fra belezze de cél e verdi monti,
che i té carezza 'l cor e i té 'nnamora;
fra giardini de palme e còl d'olivi
che i té cambia de spés fisonomìa,
fra caprizzi de vele e bei motivi
che i té vénze qualunque fantasìa;
fra castèi zà nif d'àquile romane,
che i ricorda dei fati de batalia
de quando no era fat gnancor l'Italia;
fra tor cargàe de storie veneziane,
che sfida 'l témp e l'avenir le varda,
èco Riva, la perla del bel Garda.