Depois da Mani Pulite (Mãos limpas), iniciada com o escândalo Tangentopoli, ouve uma reviravolta na política italiana. Em busca de políticos honestos, o povo da cidade de Pisa, na Toscana, escolheu um professor universitário para governar a cidade: Piero Floriani. O docente muito conhecido por seu empenho na política, foi um expoente do Partito Democratico della Sinistra - PDS, foi eleito sindaco em 1994, aos 52 anos de idade, numa coligação de esquerda e um tremendo sucesso eleitoral, venceram com 53,2% dos votos. Tornou-se professor por meio de um concurso público em 1969, ensinou literatura italiana, e quando deixou o cargo de prefeito em 1998, voltou à carreira acadêmica (Fonte). Em seu legado, Pisa continuou a ser governada por políticos de esquerda outros 4 mandatos seguidos (Fonte). Faleceu no dia 9 de novembro de 2018, com 76 anos.
É interessante ressaltar que Piero Floriani nasceu em Arsia, cidade planejada pelo governo fascista italiano e, construída na Croácia em 1937 para explorar minas de carvão. Foi dominada pelos nazistas em 1943 e depois tomada pelos partigiani (guerrilheiros) Ioguslavos, mas no fim da década de 1960 o carvão havia exaurido e houve um grande êxodo (Fonte).
Piero Floriani manteve uma importante contribuição à gestão pública da cidade, por exemplo, entre 1999 e 2002 foi deputado no conselho da Opera del Duomo di Pisa, responsável pela gestão da Piazza del Duomo, que reúne quatro monumentos históricos valiosíssimos: a Catedral, o Camposanto, o Batistério e, claro, a Torre... de Pisa. Mas abriga museu e muito mais. É um dos mais importantes pontos turísticos da Itália (https://www.opapisa.it/).
Em Bruxelas, o presidente da província da Toscana, Enrico Rossi, declarou:
«Ho appreso con commozione la tristissima notizia della scomparsa di Piero Floriani. Sono molto dispiaciuto. Floriani è stato un autorevole accademico, uno stimato intellettuale ed un politico appassionato, un uomo di sinistra. Durante la sua esperienza da sindaco ha mostrato capacità non comuni, consentendo che Pisa crescesse e diventasse città solidale, di pace e dei saperi. Erano anni difficili, eravamo nel pieno degli scandali di Tangentopoli e Floriani rappresentò un punto di riferimento importante per chi aveva a cuore la città di Pisa, per tutti i progressisti e per la ricostruzione del rapporto tra cittadini e politica. Alla famiglia, agli amici e ai compagni vanno le mie più sentite condoglianze e quelle della Regione Toscana» (fonte).
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