Quando soube que a irmã do Cadu, Eliana Floriani, havia sido levada pelo COVID, não soube bem o que lhe dizer. Certamente um "sinto muito" não bastava. No dia que seria o aniversário dela, 26 de junho, ele nos enviou essa mensagem e o vídeo à seguir:
"Hoje minha querida irmã faria 48 anos... Perdemos ela no dia 20 de dezembro em decorrência da Covid-19. Numa tarde de janeiro, de forma misteriosa essa música chegou como sugestão em minha playlist e a letra não saiu da minha cabeça, então resolvi homenageá-la no dia de seu aniversário. Estendo minha homenagem a todas as vítimas de Covid-19, como também, familiares que perderam seus entes queridos de forma inesperada, assim como eu. Brilha minha irmã, aí no céu. Beijos e te amo".
É de chorar vendo ele no estúdio, concentrado, na bateria como esperamos tocar a vida, não é cena de filme, não é um ator que interpreta. É um artista dando seu máximo para expor o que ele mesmo sente. Sabemos que é dor de verdade e uma resignação sem tamanho.
Cadu é de Joinville (SC), nasceu em 1983, e tem uma sina de artista: em nossa história as pestes avassalaram a humanidade e os artistas sempre fizeram seu melhor para registrar o sofrimento e com sua arte ajudarem aplacar a dor dos demais (https://outline.com/Hq5bVL).
Sinto tantíssimo pelo Cadu e por todos que perdem com a pandemia de COVID. Ainda mais por saber que muitas mortes poderiam ter sido evitadas, que vacinas poderiam ter chegado antes, que mais faltou foi amor ao próximo e que nosso povo além de se vacinar precisa muito é se humanizar.
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